“Afetividade e Solidão na Perspectiva de Mulheres Negras” foi o tema da mesa de abertura do terceiro dia do Colóquio FLICA – Atividade de Extensão da FLICA, que aconteceu na manhã deste sábado, 08, no auditório da Fundação Hansen Bahia (FHB)

Data

 

Sob a mediação de Liliane Teles, a jornalista baiana, Mestre em Cultura e Sociedade e Doutoranda em Comunicação, Luana Souza, falou um pouco sobre o seu livro-reportagem “Na Contramão do Afeto: Histórias e Trajetórias Afetivas de Mulheres Negras”.

A obra traz as vivências de mulheres negras diversas, à luz e ancestralidade das águas de Cachoeira. A publicação analisa os impactos do entrecruzamento dos marcadores sociais de raça e gênero nas experiências afeto-subjetivas de mulheres negras do interior da Bahia, a partir das narrativas coletadas em entrevistas. Neste livro, Luana Souza ergue a sua e outras vozes de mulheres negras, tanto no diálogo com muitas outras autoras que cita e que são para ela referências, como através das estórias de (re) existência que narra das mulheres por ela entrevistadas neste livro reportagem.

A socióloga Ana Cláudia Pacheco também esteve presente abordando sua obra intitulada “Mulher Negra: Afetividade e Solidão” lançada em 2013, fruto da sua tese de doutorado. Tendo como referência a frase “branca é para casar, mulata é para f…, preta para trabalhar”, Ana Claudia escreveu a publicação a partir da construção histórica das mulheres negras que tem suas imagens afetadas no mercado afetivo e matrimonial, já que são aquelas que menos têm parceiros fixos e que menos se casam. Pacheco selecionou 10 mulheres negras soteropolitanas que se encontravam sem parceiros fixos e sem relação estável no momento da pesquisa. Ana Cláudia L. Pacheco é feminista, negra e ativista do Movimento de Mulheres Negras da Bahia.

O Colóquio FLICA está patrocinado pela ACELEN, através do FAZCULTURA (Governo do Estado da Bahia).

 

Mais
publicações